Haru - The Cherry Breeze

Era um dia bastante comum — iniciava com o meu olhar direcionado para a interação do vento com as pétalas da cerejeira. Todas as manhãs essa visão já me deixava inspirada. Pois bem, hoje eu continuaria meus estudos, e como havia dito antes, nada muito diferente no comum. Dessa forma, troquei minhas roupas e desci de meu quarto para a cozinha, para comer algo. Como de costume, meus pais não estavam por ali, afinal ambos saem cedo para cuidar da floricultura. Já estou acostumada a sentar-me a mesa sozinha para realizar minhas refeições — isso nunca me incomodou. Eu até gosto dessa rotina, permite minha personalidade mais introspectiva ficar em paz. Após terminar de comer, tracei rumo à biblioteca.

Já em meio as fartas prateleiras, fui observando todos os vastos pergaminhos e livros. Dedilhava as obras enquanto que passava meu olhar pelos nomes gravados em seus dorsos. Um em especial me despertou atenção — Liberação Elemental, seu título. Tratava-se de um pergaminho de bordas douradas e de cor branca. Logo lembrei-me de alguns estudos na academia ninja, a respeito das naturezas de chakra. Talvez esse mesmo pergaminho tenha a ver com isso. Dessa forma, eu poderia então despertar a minha natureza? Estou crendo que sim. Sorri bastante inspirada com a ideia e resolvi pegar a obra.

Após alugar o pergaminho, fui à um campo próximo da União, mas bem distinto por não possuir muitas pessoas passando por ali. E então comecei a ler os ensinamentos do pergaminho. Contudo, a primeira coisa que percebi ao abri-lo foi um selo, semelhando a aqueles provenientes da técnica geral de lacramento. Como eu já havia aprendido sobre tais jutsus, posicionei a palma de minha mão sobre o mesmo e realizei a técnica de deslacramento. O selo foi desfeito e uma espécie de papel no formato de um quadrado apareceu em minha mão. Observei-o assumindo um semblante confuso. Bom, resolvi apenas sonegar o ocorrido e partir para a leitura.

Lendo as escrituras do pergaminho, aprendi que a maioria dos ninjas — senão todos — têm uma afinidade elemental. E então entendi que o papel que estava em minha mão trata-se de um preparado especialmente para indicar qual é a natureza de chakra do ninja, dependendo de como ele reagir é dada uma natureza. Pois bem, agora mais por dentro do assunto, segurei firme o utensílio e concentrei meu chakra nele.

Depois de alguns segundos concentrando minha energia, o papel dividiu-se em dois. Segundo o pergaminho, esse era o sinal da natureza elemental do vento. Logo, meu elemento de afinidade é o vento. Nesse mesmo momento um reflexo das cerejeiras veio em minha mente, lembrando-me da interação da brisa com a folhagem cor de rosa. Fiquei extremamente animada e continuei com o estudo. Era como se a conexão que minha mãe acreditava fosse realmente de verdade.

Sentei, respirei fundo concentrando meu chakra e formando o selo do pássaro com minhas mãos. Meu intuito era despertar meu elemento de afinidade, realizando os passos de meditação prescritos no pergaminho. Pude então perceber as ondas de energia oscilando a minha volta — meu chakra começava a emergir de meu corpo. E então, meu cabelo começou a mover-se, foi quando senti uma brisa cada vez mais intensa passando por minha volta, tendo meu corpo como origem. Seria essa então a liberação de vento.

Considerações:

Haru HP: 10 | CH: 09 | ST: 05

Mais um dia estava se iniciando, e com ele minha vontade de aprender continuava cada vez mais forte. A cada dia que se passa sinto que estou dando o meu melhor como ninja. Todos os acontecimentos repentinos em minha vida serviram para me animar positivamente com minha jornada ninja. Além de que, conheci muitas pessoas especiais, como os garotos senjus — Tenma e Kishin —. a Yuuki e a Yume. Todas pessoas que conseguiram um lugar especial em meu coração.

Pois bem, ainda estava trocando minhas vestes e me arrumando, aquela rotina matinal comum. E depois de tomar um café da manhã bem reforçado fui de imediato à biblioteca de Konoha. Mediante as conversas que havia tido com Yume, além das experiências lado a lado vividas junto aos garotos Senju, é nítido que os jutsus fazem parte do arsenal de um ninja, assim como seus equipamentos. Visto isso, estava mais do que na hora de expandir meu horizontes e aprender novas técnicas. Afinal, até o momento tenho apenas os jutsus básicos.

Já na biblioteca, dirigi-me a sessão de jutsus. Vislumbraria os vários pergaminhos, de todos os tipos, por ali. Mas prossegui até achar um determinado pergaminho. Minha vontade era de achar um jutsu que fosse da minha natureza elemental — vento. Não foi uma tarefa muito difícil, depois de alguns minutos de busca pelas vastas prateleiras achei um que me interessava, denominado Fūton: Daitoppa. Li brevemente sua descrição assim que o retirei da prateleira. Basicamente, é uma rajada de vento forte o suficiente para danificar objetos do ambiente além de ferir inimigos. Ao meu ver é uma ótima técnica para início.

Saí da biblioteca para um espaço aberto da área de treinamento com o pergaminho da técnica em mãos. Estava preparada para aprender o Fūton: Daitoppa. Bastante entusiasmada, comecei a ler atentamente sua descrição, visando compreender melhor como funciona a técnica. Entendendo a fundo a arte ninja em questão, presumo ser bem mais fácil de realizar sua execução — assim como venho levando meus aprendizados até o momento.

Pois bem, após a leitura aprofundada do pergaminho, executando os selos prescritos — Tigre → Boi → Cão → Coelho → Cobra —, comecei a reunir o chakra em meu pulmão. Concentrei-me, a medida que realizava os selos manuais, mentalizando a técnica lida anteriormente. Imaginava uma rajada de vento saindo pela minha boca, forte o bastante para sacudir e levantar a grama do campo a minha frente. Quando cheguei ao que sentir ser o ápice da concentração de chakra, exclamei:

— Fūton: Daitoppa! — Em seguida soprando todo aquele chakra que antes enchia meus pulmões, dando assim a forma a uma grande corrente de ar. Pelo o que pude constatar, e para a minha animação, a técnica fora aprendida.

Considerações:

Haru HP: 10 | CH: 09 | ST: 05