[Sala] Aula Teórica

As salas de aula na Academia são grandes e têm tetos altos, com base em uma teoria de que salas de aula maiores levam a expansão na educação, ampliando ainda para o próprio quadro. Na frente do quadro-negro tem um palanque, situado longe das mesas dos alunos, colocado em uma posição onde o professor possa ver todos de uma vez.

Ministrado por Chūnin instrutores, todos os ninjas potenciais palestram sobre táticas e estratégias. Eles são instruídos sobre os conceitos básicos de definição de armadilha, bem como a forma de fortalecer as suas mentes e corpos. Eles são levados através do manuseio de armas ninja e ferramentas, como shuriken e kunai, aprendendo a jogar e a utilizá-las através da prática de alvo, dessa forma sendo versados em conhecimentos armamentistas. Alunos da academia também são ensinados sobre chakra, como realizar selos Manuais e os níveis básicos de Ninjutsu, Taijutsu, Genjutsu e Fuinjutsu.

Na aula de taijutsu, os alunos estão engajados em atividades físicas para ajudar a treinar seus corpos e desenvolver a sua resistência.

O assunto do ninjutsu abrange técnicas que usam chakra e permite que o usuário faça algo que de outra forma seria incapaz de fazer. Técnicas como a Técnica de Transformação e o Técnica de Clonagem são ensinadas aos alunos da Academia, que vai continuar até eles aprenderem com um Jōnin-sensei. Com a mesma ideia, ensina-se o Fuinjutsu e as técnicas de selamento iniciais.

As aulas de Genjutsu não são muito executadas exceto para explicar o que é genjutsu. Ao aprender sobre a arte das ilusões, os alunos são aconselhados a determinar se eles estão presos em uma técnica desse tipo, e em seguida, como libertar-se dela.

As aulas básicas que todos devem conhecer obrigatoriamente estão listadas abaixo e versam sobre as três artes de combate ninja: Ninjutsu, Taijutsu e Genjutsu, além de Fuinjutsu e Armamentismo.

Nome: Introdução ao Ninjutsu
Requerimentos: Estudante
Bonificação: Conhecimento Básico em Ninjutsu
Descrição: Um livro simples explicando o fluxo de chakra e os ninjutsus básicos da academia e seus funcionamentos, assim como uma explicação de cada um dos elementos, suas vantagens e fraquezas. Possui diversas figuras explicando de forma didática para os alunos.

Nome: Introdução ao Taijutsu
Requerimentos: Estudante
Bonificação: Conhecimento Básico em Taijutsu
Descrição: Um livro simples explicando a arte do Taijutsu e seus limites físicos. Normalmente tem figuras mostrando golpes simples e posições fáceis de executar

Nome: Introdução ao Genjutsu
Requerimentos: Estudante
Bonificação: Conhecimento Básico em Genjutsu
Descrição: Um livro simples explicando o funcionamento dos Genjutsus e seus dois principais métodos de saída.

Nome: Introdução ao Fuinjutsu
Requerimentos: Estudante
Bonificação: Conhecimento Básico em Fuinjutsu
Descrição: Um livro simples explicando o funcionamento dos Fuinjutsus, seus conceitos e as duas técnicas básicas de selamento a serem aprendidas na aula prática.

Nome: Estudo de armas
Requerimentos: Estudante
Bonificação: Conhecimento Armamentista Básico
Descrição: Um livro simples que lista as principais ferramentas utilizadas pelos ninjas: shurikens, kunais, tarjas explosivas, bombas de vários tipos, senbons, etc.

Toda a informação poderá ser obtida em um One post de acordo com os critérios de avaliação e concederá 10 pontos de experiência em cada conteúdo aprendido.

Apenas a teoria é obtida aqui

— Eu tenho mesmo que fazer isso? — Zen observava seu tio e o seu semblante sempre inexpressivo. Suas sobrancelhas quase cobriam seus olhos, não era possível ler nenhum sentimento naquele homem. O mínimo que o adolescente sabia é que aquela rocha com pernas o amava.

— Tudo depende de você... é você que molda seu próprio futuro. — Ele virou de costas e começou a caminhar até uma prateleira velha. Havia vários livros ali mas nenhum que Zen conseguisse compreender. As palavras eram complicadas, das quais terminam com utsu e não deixam nem aberturas de dizer o que significam. Fora isso, as figuras também eram assustadoras, homens com máscaras e chifres e símbolos macabros. Mas não era esse tipo de livro que seu tio procurava agora. Ele retirou seu colar e inseriu o pêndulo em uma espécie de fechadura oculta atrás de toda aquelas folhas. Não foi necessário nem visualizar completamente o que ele retirou dali que o corpo de Zen mostrou agitação tanto quanto receio. — Seu pai pediu para te dar isso nesse exato dia, quando você fosse quem você é. — O garoto agarrou o livro das mãos do homens e correu dali para ler o mais rápido possível.

...Somos abençoados por uma energia que flui em nossos corpos, e é de nossa decisão aprimorá-la ou não. Primeiro nossa mente, depois nosso corpo. Se você quiser ser aquele que... — Zen fechou o livro e o contraiu em suas próprias pernas. Nunca conheceu seu pai, ou se conheceu, não se lembrava de nada. E mesmo assim, ele deixou aqueles livros pra ele com mensagens do que deveria fazer, deixamos seus próximos passos, passos que o adolescente seguiu a vida inteira e não o levava a lugar algum. Ele tinha decidido nunca mais se basear nas mensagens de seu pai mas ele não conseguia. Ele precisava daquilo.
Foi nesse momento de emoção e revolta que o garoto viu a contracapa do livro. 私はあなたを愛しています. Os olhos de Zen se tornaram uma cachoeira e suas mãos raios na chuva.

...


— Sentem-se, a aula começará em instantes. — Um homem com um chapéu tosco azul era o mediador. Era uma sala ampla, cadeiras de madeira todas muito próximas uma das outras conectadas por uma única mesma mesa cinza-fosco gigante. Zen sentia-se como o repetente burro, pois era certamente bem mais velho que os outros alunos ali presentes. Sentia que se tivesse seguido os passos do livro anterior de seu pai com mais pressa, teria economizado anos de vida. Mas agora estava feliz, com o livro do pai entre seus braços e finalmente aprendendo alguma coisa útil em sua vida.

— Começaremos com o básico, vocês sabem o que é Ninjutsu? — O mesmo homem se manifestou em meio a várias vozes de crianças bagunçando e conversando. Seus braços eram mais finos do que o comum pra que se espera de um homem daquela idade - e ninja.

— São técnicas ninjas. — Uma menina próxima de Zen falou. Enquanto falava, ela mexia suas próprias madeixas de cabelo e seu olhar continha desdém, como se aquilo fosse tudo muito fácil pra ela.

— Sim! Diferente do Genjutsu, do qual iremos ver mais tarde, os efeitos do ninjutsu são reais. Elas podem ser básicas — O professor pausou sua fala e fez algum símbolo com suas mãos. Em instantes uma outra versão de si apareceu, era como se fosse um irmão gêmeo dele. As crianças se mexiam em suas cadeiras, impressionadas, mas Zen não. — E também podem ser muito complicadas. Mas agora como podemos fazer esse tipo de cois.... — E Zen parou de prestar atenção em seu professor. Abriu o livro de seu pai e procurou alguma coisa que falasse algo sobre Ninjutsu.

Ninjutsu é o básico do ninja. É algo que todos devem saber, mas não devem ser limitados somente a ele.  E isso também não quer dizer que o ninja que não o domina é um fraco, cada um em sua própria especialização. Assim como nosso sangue, o Chakra flui em nosso corpo — O garoto parou a leitura e se recordou quando seu tio lhe contara sobre o Chakra. Para ele, tem uma origem divina, superior. Que fomos abençoados por ter ele em nossos corpos. —... nascemos com ele e ele passa por um sistema próprio, em cada ponto de nosso corpo. Selos de mão nos auxiliam a controlar essa energia e a materializar ou beneficiar de alguma forma. — Tal qual o professor fez com sua mão. Zen observava os próprios punhos. Ele nasceu com aquilo dentro de si e não sabia controlá-lo de maneira alguma. Era como se fosse um dom sendo totalmente desperdiçado. Seu desejo agora, com toda certeza, era aprender a controlar isso.


— E como eu disse anteriormente temos o Genjutsu. Ele... Ei, você está prestando atenção? — Zen percebeu que o professor falava com ele. Fechou seu livro e percebeu que o homem já até teria mudado o tópico. O adolescente assentiu com a cabeça e voltou a prestar atenção. — Continuando... Alguém sabe me dizer o que é Genjutsu? — Ele questionou.

— Técnicas... Criativas? — Zen tentou adivinhar mas viu que errou, só pelo fato da menina que respondeu a primeira pergunta estar rindo disfarçadamente.

— Chegou um pouco próximo, mas não. São Técnicas Ilusórias. Elas são, basicamente, aplicadas da mesma maneira que o Ninjutsu, requirindo chakra e selos de mão, mas a diferença crucial é que os efeitos são ilusórios. Ao invés de atacar o corpo da vítima, atacam a mente. Manipulam o fluxo de chakra do cérebro do alvo, afetando os sentidos e, frequentemente, criando imagens falsas.

genjutsu, ao meu ver, é a técnica dos fracos. Não é um combate direto, não te faz batalhar em si, apenas afeta sua cabeça e tenta te confundir. Geralmente o usuário injeta seu próprio chakra no alvo de alguma maneira. Para sair disso? Bom, a maneira mais fácil de sair de um Genjutsu é rompendo o fluxo de chakra...

— Rompendo o Fluxo de Chakra. E é possível liberar alguém de um genjutsu da mesma maneira. — O professor continuou sua fala ao mesmo tempo que o garoto terminou  a leitura. Parecia até estar intercambiado. Mas Zen preferia a explicação de seu pai pois sentia-se próximo a ele. Sentia como se ele estivesse ao seu lado. — Agora vamos para o último tópico da aula de hoje... — Enquanto o professor se distraia, um aluno se aproveitou e saiu da aula escondidamente.


Com o livro que estava utilizando em aula - óbvio que ele devolveria depois - e o diário de seu pai, Zen continuou seu estudo, mas dessa vez, por si só. A voz do homem falando de um certo modo o irritava, ele preferia aprender sozinho, com a única companhia de seu pai, mesmo que lírica. Mas, dessa vez, o que tinha que aprender se tratava de algo que ele meio que já entendia.

O Taijutsu é algo que eu aprecio muito. Há um ditado que aprendi um tempo atrás que, aquele eficiente no taijutsu é o dobro eficiente em todo o resto. Caso inapto do resto, ele é genial na arte marcial, e genial no caráter... — Cada opinião de seu pai nas coisas fazia Zen decifrar o mínimo de como ele era, da pessoa que ele foi. O básico que ele sabia, ainda mais agora, o fazia achar um homem incrível. O Taijutsu é, basicamente, qualquer técnica que envolva artes maciais ou a otimização das habilidades humanas naturais, utilizando a força física e aprimoramento da resistência e força através de treinamentos. De maneira mais simples, socos e chutes.

Desde muito novo Zen se exercitava todos os dias, o que o fez ter um físico diferente das crianças de sua idade, mas nunca dominou a técnica necessária pra desferir golpes e socos poderosos. Um dia, inclusive, enquanto dado chutes em um boneco de treino, um velho disse que se ele continuasse daquele jeito, ia acabar machucando seu próprio corpo por não estar fazendo certo. É algo que ele sempre praticou, mas não sabia que poderia utilizar de maneira útil em batalha. "Pessoas utilizando coisas enormes feitas e chakra e eu tentando me aproximar pra dar um soco? fora de noção."

Um barulho se fez por perto e a porta da sala de aula se abriu. Diversas crianças saíram, umas fazendo símbolos com as mãos como quem fosse fazer algo realmente útil e outras desferindo golpes no ar. Algumas crianças saíam normalmente, provavelmente esquecendo que são crianças. O professor saiu por último e avistou o garoto do cabelo branco de longe, e assim foi até ele.

— Sei que assisti as aulas não é algo legal, mas não assisti-las não te levará em lugar algum. — Ao se aproximar falou. Ele também tirou seu chapéu ridículo e deixou visível seus cabelos castanhos.

— Não preciso assistir essas aulas, meu pai me deixou tudo que tenho pra aprender aqui. — Ele mostrou o diário e voltou a leitura. O professor fez uma cara de quem não entendeu nada.

— Mesmo assim. Quanto mais conhecimentos e de pessoas diferentes, melhor. Cada um tem sua metodologia. — Sua fala era um pouco convincente. — Te vejo na próxima aula? —  Zen consentiu pensativo e ele foi embora. Ele já tinha aprendido o que aprenderia na aula de hoje apenas lendo o livro de seu pai, o que aquele homem podia ensinar que seu pai não poderia?


Há algum tempo atrás, decidi exceder meus limites e aprender coisas novas e que me ajudassem em batalhas. Um antigo amigo meu era especialista em Fuinjutsu e não exitou em me ensinar essa dádiva. Sempre achei pergaminhos úteis somente para a escrita - e ainda existia outros papeis mais bonitos para escrever, mas após o ensinamento vi que estava errado. Era possível selar objetos, jutsus e até seres vivos dentro de um pergaminho. E, assim, comecei a usar até as técnicas dos inimigos contra eles mesmos[...]

Zen não fazia ideia de como isso aconteceria, ou como se faz na prática, mas, caso um dia conhecesse alguém com pergaminhos consigo, já conseguiria saber do que se trata. E o mundo ninja cada vez mais se tornou incrível pra ele, uma imensidão de variáveis pra se explorar e aprender, se fortificar. Tantas questões para responder. Seu tio tinha uma perspectiva mais religiosa, seu pai uma mais... nascemos com isso e pronto. E Zen gostaria de trilhar seu próprio caminho. E óbvio que ter o conhecimento das mais diversas artes e técnicas no mundo ninja com toda certeza facilitaria seu caminho. E quem sabe futuramente não aprender uma técnica de selamento e nunca mais ter que carregar nada consigo?


Ao retornar pra casa o tio de Zen questionou-o o que ele teria aprendido. Óbvio que ele falou tudo que aprendeu, excluindo a parte que fugiu da aula.

— Tenho algo pra te mostrar que as aulas ninjas não deixam ver de perto. — Seu tio o levou até uma porta fechada de casa que nunca estivera aberta antes. Com a mesma chave que abriu no evento mais cedo, abriu a porta trancada e uma sala repleta de armas se mostrou. Shuriken, Kunai, tudo quanto é tipo. — Essa aqui é minha sala de treino secreta. Nós Hatake temos sempre que ter uma mira perfeita, nunca errar e mostrar misericórdia para nossos inimigos e fazê-los se curvar para nossa genialidade. Vamos, pegue alguma coisa. — Aberto a oportunidade - e em aula provavelmente um professor não iria deixar na parte teórica um aluno tocar em armas - Zen tocou e analisou cada arma ninja ali. Uma estrela de quatro pontas excelente para atingir um inimigo de longa distância. Uma Kunai excelente para curta-média distância. Ao menos foi o que seu tio lhe disse.

— Não toque nisso daí! —  Seu tio lhe impediu. — É uma tarja explosiva, muito perigosa. É possível utilizá-la com as outras armas em conjunto e em estratégias. Ele continuou mostrando cada arma ninja e o que cada um fazia. E também questionou que deveriam ter ensinado ao menos o que cada um fazia na academia, questionando-o se não fizeram. O professor tinha razão que tinha coisas que ele ensinaria que nem todos ensinam.

Status e Considerações: