[Solo] Rumpeltiltskin - Ás na manga.

Sai do quarto e fui em direção a cozinha, peguei um copo d'agua e passei a beber, estive estudando como ter um As na manga durante muito tempo que minha boca estava completamente seca, nessa hora ouvir a porta da casa bater, meu pai sentou-se no sofa e ficou a esperar, pela sua cara ele e mamãe haviam brigado de novo, pelo jeito ele estava zangado devido ela ter machucado Derek e vendo aquele olhar em seus olhos, via que iria descontar em mim, varias vezes eu pedi para mamãe tratar Derek bem que ele era uma pessoa incrível, mas aqueles dois ali eram completamente opostos um do outro, mas igualmente iguais o que as vezes dava nojo.

Papai sempre batia a porta, caminhava pesadamente e falava aos brados. Ele estava em casa. Tinha 1,89cm de altura, um homem grande. Tudo mais desapareceu: mamãe entrou pela porta e ele se levantou vindo em minha direção, nessas horas, eu sabia exatamente o que iria acontecer e todos meu corpo ficou imóvel como se eu tivesse perdido todas as esperanças, ja nem conseguia pensar. Ele era como a escuridão encobrindo o sol, a violência que ele exalava aniquilava por completo qualquer outra coisa. Ele era todo orelhas, nariz, boca, eu não podia olhar em seus olhos, havia apenas seu rosto vermelho e enfurecido. - Rumpel, tire suas roupas e vai para o banheiro - nesse momento mamãe tentou para-lo, mas o sharingan estava em seu olhos e sem que ela pudesse se defender, caiu em um genjutsu, eles não costumavam discutir muito, só faziam quando se tratava de mim e Derek. Consequentemente eu caminhei até o banheiro, papai vinha logo atras. Tirei as roupas sem esboçar nenhum sentimento se quer, eu sabia o que estava por vir, naquelas horas já era algo inevitável eu que pensava que tinha acabado as agressões, que tolo... Elas jamais acabam. Ouvi-o Pegar o amolador de navalha. Minha perna direita já estava tremendo. De nada adiantava conhecer aquele castigo que tantas vezes já havia sido aplicado. Para o mundo inteiro lá fora era indiferente o que passava ali dentro, e pensar nisso também não me ajudava. Havia milhões de pessoas espalhadas por ai, assim como cachorros e gatos, prédio e ruas. mas nada disso importava. Havia apenas meu pai, eu e a correia do banheiro. Ele usava aquela correia de couro para afiar sua navalha, e logo cedo pelas manhas costumava odiá-lo com a sua cara branca pela espuma de barbear, plantado na frente do espelho, a navalha na mão. Então a primeira lambada me atingiu. O golpe soou pleno e alto, o próprio som era quase tão terrível quanto a dor, mais uma lambada. Era como se meu pai fosse uma maquina, girando aquela correia. Eu tinha a sensação de estar numa tumba. Outro golpe me atingiu e pensei, este certamente o ultimo. Mais não era. Houve ainda outro. Eu o odiava. Simplesmente não podia acreditar que houvesse alguém como meu pai. Só queria me afastar da presença daquela família que eu havia recebido. Eu não conseguia chorar. Estava nauseado demais para isso, confuso demais. A correia me acertou mais ma vez. Então ele parou por uns segundos e disse - Você é fraco, lhe falta raiva, lhe ódio, você nunca vai ser ninguém, você jamais vai conseguir fazer algo descente nessa vida - Mais um golpe foi dado e nesse ultimo eu não aguentei e soltei um berro alto de dor, ódio, raiva e tudo que eu estava guardando nos últimos anos de agressões físicas, verbais e mentais, um soco foi dado em mim e eu cai ao chão choramingando, ele falou para ficar ali, pois no chão era meu lugar e foi então nesse momento que o ódio subiu em relação a tudo aquilo que eu passava durante anos, o ódio foi tanto que senti uma forte dor na cabeça, do chão pude olhar para ele e ver seu fluxo de chakra - Tsc - foi o que eu pude dizer antes de girar meu corpo, um giro rápido e pulverizador, todo o ódio guardado durante aqueles anos foi solto de apenas uma vez, uma única vez, um único soco em seu queixo que pudi ouvir um estralo, ele caiu para trás então puxei a correia e coloquei em seu pescoço e apertei, ele berrou e começou a rir de uma forma estranha sem reação ao meu meus olhos, eu havia conseguido o sharingan naquela situação deplorável em que eu me encontrava, as feridas em minha pele iriam cicatrizar, mas as feridas em minha alma jamais iriam fechar e eu iria odia-lo todos os dias daqui pra frente e jamais iria voltar a abaixar a cabeça para aquele filha da puta, nem que, um dia eu tivesse que acabar com a porra de sua vida. Sai do quarto, peguei minhas roupas e sai para fora de casa na tentativa de encontrar Derek, que meu pai e minha mãe terminassem de se matar.